quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Farmácias aguardam determinação da Anvisa

Algumas farmácias já adotam as medidas reguladoras da Anvisa
Sul Fluminense
As redes de farmácia da região estão aguardando a cassação ou não da liminar que desobriga algumas farmácias a cumprirem as novas regras estabelecidas sobre a venda de medicamentos. Segundo o representante da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Acoferj) no Sul Fluminense, José Geraldo Diniz, a maior parte das farmácias da região é filiada à entidade e está amparada pela liminar.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu parâmetros para a localização de medicamentos nas farmácias. Segundo a nova resolução, somente os fitoterápicos (à base de plantas), dermatológico ou de notificação simplificada (como água boricada e glicerina) podem permanecer em gôndolas. Os medicamentos vendidos isentos de prescrição devem ficar do lado de dentro do balcão. Isso significa que a o consumidor deverá procurar o atendimento de um funcionário para comprar remédios que em muitos estabelecimentos possuíam livre acesso, como analgésicos, antitérmicos e antiácidos.
A medida visa diminuir o alto índice de intoxicação medicamentosa registrado no Brasil. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox), órgão ligado ao Ministério da Saúde, 35% dos casos de intoxicação no Brasil corresponde a crianças menores de cinco anos.
Para a enfermeira Lívia Sousa Soares, de 26 anos, estes índices são alarmantes. - Quando os pais tratam do filho sem uma prescrição médica, o risco de ocorrer uma superdosagem é alto, visto que a determinação da quantidade de remédio a ser ingerida para o tratamento de crianças deve ser cautelosa, considerando o peso e a faixa etária - afirma Lívia.
A enfermeira acredita que os padrões estabelecidos pela Anvisa são positivos, pois dificultam o livre acesso a medicamentos amplamente consumidos o que deve levar a pessoa a procurar ajuda antes de se automedicar.
- O remédio usado de maneira incorreta pode acarretar uma intoxicação ou tornar o organismo resistente a determinadas drogas. Além disso, o tratamento realizado sem prescrição tende a produzir uma melhora no sintoma inicial, não solucionando o problema efetivamente. Em alguns caso pode camuflar o diagnóstico, dificultando o tratamento precoce da doença - alerta Lívia.
A medida prevê também a restrição na venda de produtos como lentes de grau (salvo se na região não houver outro estabelecimento que comercialize o produto), brincos e produtos alimentícios como balas e sorvetes.
A diarista Neide Amaral, 46, foi favorável à regulamentação.
- Não concordo com a venda de remédios fora do balcão. Também acredito que a farmácia não deve vendar produtos de padaria, como sorvetes e alimentos.

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